
Luta e resistência: a história que escrevemos no ano de 2022
O ano de 2022 foi de cheio de desafios e lutas, dentro e fora das universidades. Os ataques aos servidores públicos e aos direitos democráticos da população, foram ainda mais incisivos e perversos, orquestrados pelo chefe do Executivo. Basta dizer que o país voltou ao mapa da fome, com o crescimento exorbitante do desemprego e da carestia no custo de vida.
Sem dúvida, uma das principais ameaças foi a Reforma Administrativa, a PEC-32, projeto que prevê o desmonte dos serviços públicos, a redução de garantias constitucionais dos servidores e impacta diretamente no acesso da população à direitos básicos.
Aprovada em comissão especial em 2021, foi graças a mobilização do funcionalismo público que conseguimos barrar a votação da PEC-32 no Plenário da Câmara e no Senado. Foram muitos atos Brasil afora. Ocupamos Brasília e revertemos o que poderia ser o fim do Serviço Público.
Outra luta travada em 2022 foi pela recomposição salarial, a revogação da Emenda Constitucional 95 – do Teto dos Gastos e pelo fim dos cortes de verbas nas universidades públicas, o que garantiu uma ampla adesão do movimento estudantil na greve deflagrada no mês de junho na UFPA.
Além dessa pauta, o comando pontuou também a ampliação do restaurante universitário e da qualidade da alimentação oferecida, a assistência estudantil, segurança e limpeza nos campi, condições de trabalho docente, concursos públicos, especialmente para a Escola de Aplicação, atendimento psicológico para estudantes – devido às consequências da pandemia -, entre outros.
Em 2022, a ADUFPA também fez frente ao Fundo Patrimonial na UFPA, considerado um risco à autonomia universitária. O fundo patrimonial foi apresentado na reuniao do CONSUN em janeiro de 2022 e o nosso sindicato conseguiu agregar transparência ao processo de aprovação, discutindo e mobilizando a comunidade acadêmica para refletir sobre a crise nas instituições federais, aprofundada pelos inúmeros bloqueios orçamentários e a estratégia do governo de reduzir verbas e buscar soluções no setor privado, lógica que operam os fundos patrimoniais.
Reiteramos que a luta da ADUFPA não é apenas contra os ataques aos serviços públicos e o sucateamento das universidades, mas também contra aquelas e aqueles que estão incendiando a Amazônia, invadindo as terras indígenas, atacando os ribeirinhos e as comunidades quilombolas, camponeses, extrativistas e agricultores.
Vivenciamos um ano histórico, de defesa da democracia e de luta nas ruas e nas urnas. Seguindo a deliberação do ANDES-SN, apoiamos a campanha de Lula por acreditar que a Amazônia está no centro da luta e é assim que seguiremos em 2023, defendendo a educação e as liberdades democráticas.
Os desafios serão muitos, mas nos fortalecemos em unidade, na certeza que a vitória em defesa da Educação Pública será garantida, com luta e resistência!