Paralisação: Professores da UFPA suspendem atividades remotas nesta quarta e saem às ruas de Belém em defesa da educação pública

Paralisação: Professores da UFPA suspendem atividades remotas nesta quarta e saem às ruas de Belém em defesa da educação pública

Professores, técnicos e estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) realizam uma carreata nesta quarta-feira, 19, deliberado como Dia Nacional de Luta em defesa da educação pública em todo o país. O ato é uma resposta aos cortes orçamentários anunciados na última semana pelo Governo Federal e ao projeto de lei 5595/20, que justifica o retorno das aulas presenciais durante a pandemia, em escolas e universidades, públicas e privadas. Em Belém, a manifestação é organizada pela Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), em parceria com o Sinditifes e DCE-UFPA. A concentração será no Mirante do campus no Guamá, às 9h.

 

Além de convocar a categoria para ir às ruas, a mobilização dos docentes da UFPA também realizará a paralisação das atividades remotas. A decisão foi aprovada por unanimidade na Assembleia Geral da Adufpa realizada nesta segunda-feira, 17, e segue a deliberação do sindicato nacional, ANDES-SN. Ainda durante a assembleia, os professores pediram que o reitor Emmanuel Tourinho participe do ato, fortalecendo o posicionamento da Universidade contra o corte de recursos na ordem de pouco mais de 1 bilhão de reais às instituições públicas do ensino superior.

 

A UFPA sofrerá cortes de R$ 30,3 milhões (18,5%) em relação a 2020, impactando diretamente em todo o seu funcionamento, desde as ações de ensino, pesquisa e extensão às questões como a assistência à população, o apoio à inovação nas empresas, entre outras ações. Para garantir o pagamento de despesas, será necessário cortar serviços de manutenção predial e de equipamentos, reduzir contratos de limpeza e vigilância, suspender insumos para laboratórios e limitar atividades que envolvam deslocamento. “Não temos onde reduzir despesas para cobrir essa perda. Além disso, perdemos seis milhões de recursos da assistência estudantil, em um momento em que a pobreza e a pressão pela evasão aumentam. Ou seja, mesmo que nenhuma atividade específica paralise totalmente, tudo que entregamos à sociedade será prejudicado. E como a universidade tem impacto em todos os setores da sociedade, cedo ou tarde todos sentirão os efeitos dessas decisões sobre os nossos orçamentos”, diz a nota divulgada pela UFPA.

 

Brasil – O ato realizado em Belém faz parte das manifestações pelo Dia Nacional de Luta “A Educação precisa resistir”, e será transmitido em uma live a partir das 9h, unindo-se à universidades, institutos e Cefet’s de todo o país. Organizada pelas entidades da educação – ANDES-SN, Fasubra, Sinasefe, UNE, Fenet -, a transmissão contará ainda com a presença de representantes de entidades da Educação Básica, do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e de parlamentares. Além disso, às 11h e às 17h será levantada no Twitter a hashtag #educaçãoprecisaresistir com informações acerca dos ataques à educação pública brasileira.

 

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