19M: Carreata nas ruas de Belém mobiliza a sociedade em defesa da Educação Pública
Nesta quarta-feira, 19 de maio, docentes, técnicos e técnicas e estudantes das universidades e instituições de ensino superior públicas realizaram atos por todo o Brasil, Dia Nacional de Luta “A Educação precisa resistir”. Em Belém, as ruas foram tomadas por uma carreata, organizada pela Associação dos Docentes da UFPA Seção Sindical ANDES-SN (Adufpa SSind.), em parceria com o Sinditifes e DCE-UFPA.
A concentração foi no Mirante do campus da UFPA, no Guamá, e no trajeto até o Mercado de São Brás, a população demonstrou apoio à manifestação, atentando aos discursos e reconhecendo o impacto dos ataques de Jair Bolsonaro não somente às Universidades e aos servidores públicos, mas contra toda a sociedade.
Um dos pontos mais reforçados durante o ato foi o corte orçamentário na ordem de mais de 1 bilhão de reais. A UFPA sofrerá cortes de R$ 30,3 milhões (18,5%) em relação a 2020, impactando diretamente em todo o funcionamento da Universidade, desde as ações de ensino, pesquisa e extensão às questões como as de infraestrutura e de cultura.
Os prejuízos alcançam atividades de ensino, pesquisa, extensão, a assistência à população, o apoio à inovação nas empresas, entre outras ações. “Aquele recurso que é destinado à manutenção da UFPA, e se não bastasse, mais 6 milhões foram retirados da assistência estudantil. Significa dizer que os mais prejudicados são os estudantes, negros e negras, quilombolas, indígenas, a população da periferia da nossa cidade e de todas as cidades do estado do Pará. São exatamente os estudantes que vivem em situação de vulnerabilidade social que só garantem sua permanência na Universidade Federal do Pará por conta das bolsas, do auxílio moradia. É uma covardia. É mais um ato de genocídio contra o povo brasileiro”, enfatizou a diretora ajunta da Adufpa SSind., Edivania Alves.
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