Ataques ao INEP fragilizam o acesso da juventude pobre às universidades públicas

Ataques ao INEP fragilizam o acesso da juventude pobre às universidades públicas

Um mês após o pedido de exoneração coletiva de 34 servidores/as do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) causado pelas tentativas de patrulhamento ideológico do governo Bolsonaro; a autarquia vinculada ao MEC sofre mais um abalo.  Em 2009, o furto das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) expôs a fragilidade no esquema de segurança do INEP, responsável pela organização do exame. Dos mais de quatro milhões de inscritos, 37,7%, ou 1,5 milhão de estudantes, desistiram da prova naquele ano. A fraude gerou  um prejuízo de 30 milhões de reais aos cofres públicos. Nesta terça-feira, 07 de Dezembro, o INEP é novamente alvo de investigações, desta vez, por supostas irregularidades na contratação de gráficas e o superfaturamento de contratos milionários.

 

O esquema de corrupção envolvendo o Enem põe em risco o acesso de milhares de estudantes ao ensino superior, visto que este exame é a principal porta de entrada às instituições de educação públicas e privadas do país, além de ser também critério para bolsas de estudo e financiamento estudantil.

 

Também nesta terça-feira, foi publicada a medida provisória 1075/21 que altera a legislação do Programa Universidade para Todos (Prouni) ampliando o financiamento aos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas privadas, bolsistas ou não. Esse é mais um duro ataque de Bolsonaro à Educação, dessa vez, tendo como alvo os estudantes pobres, negros, indígenas e deficientes, que dependem do financiamento estudantil para ingressar numa universidade.

 

Hoje, milhares de jovens representam as primeiras gerações em suas famílias a chegar ao ensino superior pelas políticas conquistadas com muita luta e enfrentamento aos governos que insistem em negar o direito à Educação de jovens da periferia, das aldeias, dos quilombos. A ADUFPA diz NÃO ao retrocesso e reafirma a importância do INEP frente aos ataques que objetivam desacreditá-lo. Reafirma também seu princípio em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade, inclusiva e socialmente referenciada!

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