Rumo à construção da GREVE GERAL UNIFICADA!

Rumo à construção da GREVE GERAL UNIFICADA!

A ADUFPA iniciou esta semana as reuniões com docentes dos institutos dos campi da capital e interior para a construção da GREVE GERAL UNIFICADA dos servidores públicos federais. A atividade faz parte do calendário estadual de mobilização e elaboração da pauta de greve dos servidores da UFPA, alinhada ao movimento nacional FONASEFE/ANDES-SN. O principal desafio é ampliar o diálogo, envolvendo não somente os professores, mas também estudantes, técnicos e a sociedade em geral, sobre a importância de uma GREVE GERAL em defesa do Serviço Público.  

 

“Todos entendemos a gravidade do momento, a legitimidade da luta em defesa da educação pública diante de tamanhos ataques, porém, também sabemos que não convém e não colabora para nossa organização e fortalecimento, simplesmente aprovar uma greve com pouca adesão ou de vanguarda, nos interessa a unidade na diferença, a construção e discussão coletiva com momentos de plenárias, reuniões, arrastões culturais. Precisamos conversar com o povo, com as pessoas que estão fora da universidade, é o momento de expressar para a maioria das pessoas que todas as políticas em curso irão atingir em cheio os filhos e filhos das camadas mais pobres da população, acabando com o direito de ingresso à universidade”, destacou a diretora geral da ADUFPA, Edivania Alves.  

 

Durante os encontros, a diretoria da ADUFPA e representantes dos institutos e do sindicato nacional, destacaram as ações a serem executadas.  Entre elas está a elaboração de uma agenda orgânica de ações e conscientização sobre os porquês da greve, até o momento de culminância da GREVE GERAL pela base e unificada. “O maior desafio é a construção dessa greve, que deve ocorrer por meio da mobilização das categorias do funcionalismo público. Para isso, é preciso instalar os comandos de greve em nossos setores, com apoio do nosso sindicato e atrelado ao comando nacional”, reforçou a secretária regional do ANDES-SN Joselene Mota.  

 

Outra ação direcionada, proposta pela professora aposentada do ICED, Olgaíses Maués,  é a mobilização “corpo a corpo” nas salas de aula a partir do dia 14 de março, data de retorno das atividades presenciais na UFPA. A professora Socorro Amora, do ICSA, sugeriu a inversão de dinâmica, com a escuta dos docentes e a partir daí,  seguir para a Assembleia Geral. O professor José Raimundo Trindade, do IFCH, chamou atenção para a elaboração de um programa de debate destacando a importância da Universidade para a população. “Nós professores precisamos alcançar a sociedade paraense e a sociedade brasileira, lançando uma carta aberta em defesa da universidade pública. É necessário construir uma agenda: debates sobre um programa para educação, uma agenda de reuniões públicas com os estudantes e a população em geral e outra de atos públicos e manifestações na rua”, propôs.

 

O chamado de greve unificada, além de reforçar a pauta nacional pela recomposição salarial de 19,99%, aponta também para os subsequentes cortes que vêm sendo aplicados no orçamento da união para 2022, sendo a educação a segunda pasta mais afetada, com a retirada de mais de 800 milhões de reais. “Não estamos reivindicando aumento salarial. Estamos construindo uma greve em defesa do Serviço Público. Vale lembrar que em 2021 os movimentos fizeram 14 semanas de mobilização nas ruas pelo Fora Bolsonaro, movimento que conseguiu impedir a aprovação da PEC32”, acrescentou a diretora adjunta da ADUFPA, Adriane Lima.  

 

O fundo patrimonial, retirado da pauta da 1ª Reunião Ordinária do CONSUN, realizada no dia 27 de janeiro, após a ADUFPA enviar ao Reitor Emmanuel Tourinho, um oficio pedindo o adiamento da votação, foi abordado durante as reuniões como uma das principais ameaças de privatização da UFPA. Outra questão, apresentada pelo diretor do ICSA, Armando Lírio de Souza, trouxe a instrução normativa da progressão de carreira, que, de acordo com a assessora jurídica da ADUFPA, Ana Kelly Amorim, deve ser mediada na esfera judicial. “É necessário fazer isso o quanto antes para não perder valores referentes às progressões”, alertou. 

 

As atividades de mobilização para a GREVE UNIFICADA seguem na primeira semana do mês de março, com reuniões agendadas no ITEC e IEMCE, no dia 07, às 10h e às 16h, respectivamente. A ADUFPA também propôs à adesão ao calendário de mobilização nacional FONASEFE/ANDES-SN.

 

Confira a agenda:

23/02 – Plenária dos servidores federais;

08/03 – Dia Internacional de Luta das Mulheres;

09/03 – Lançamento do Comando Nacional de construção da GREVE (atividade virtual) e rodada de assembleias para instalação dos Comitês Locais de construção de greve;

16/03 – Dia Nacional de Mobilização, paralisações e manifestações em todo Brasil, com ato em Brasília e nos estados;

18/03 – Rodada de assembleia para definir a deflagração da greve para o dia  23/03;

21/03 – Reunião do pleno do Setor das IFES para avaliar a rodada de AG;

23/03   –   Indicativo   para   o   início   da   GREVE   GERAL   POR   TEMPO INDETERMINADO, respeitando a especificidades de cada entidade;

1º/04 – Ato em Porto Alegre pelas Liberdades democráticas e em defesa dos serviços públicos.

 

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