Exigimos punição severa aos culpados pelo genocídio praticado contra o povo Yanomami

Exigimos punição severa aos culpados pelo genocídio praticado contra o povo Yanomami

Com imensa tristeza acompanhamos nos últimos dias a repercussão sobre o crime contra a humanidade praticado por Bolsonaro e seus Ministros nos territórios indígenas, em especial o dos Yanomami. A vida das centenas de crianças menores de 5 anos que se perderam nos últimos 4 anos por causas que poderiam ser evitadas – com casos de desnutrição extrema em famílias inteiras, infecções respiratórias, malária e doenças diarreicas é a estampa mais cruel do fascismo brasileiro: um governo que atuou para ‘matar o futuro’ de nossos povos originários servindo à ganância do agronegócio e permitindo a farra de garimpeiros ilegais. 

 

Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), a Reserva Indígena Yanomami é habitada por oito povos, possui cerca de 26,7 mil habitantes e compreende uma área de 9,6 milhões de hectares (o equivalente a 13,8 mil campos de futebol). Ela foi reconhecida pelo governo brasileiro em 1992, pelo então presidente Fernando Collor (PTB). O território está localizado entre os Estados de Roraima e Amazonas, na divisa entre Brasil e Venezuela. 

 

No sábado (21), uma comitiva formada pelo presidente Lula e os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e do general Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional), visitou o território. Para enfrentar a gravíssima situação, o Ministério da Saúde decretou Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) e decidiu transferir o Hospital de Campanha da Aeronáutica do Rio de Janeiro para Roraima, onde deve atender indígenas Yanomami.

 

“Genocídio” e “crime premeditado”

 

Comprovando seu descaso habitual com a vida, em seu canal no Telegram, o ex-presidente Bolsonaro classificou a repercussão e denúncias como “mais uma farsa da esquerda”. Damares, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do Brasil, também afirma que “não houve omissão”, ignorando a evidência dramática do cenário. Nós, da ADUFPA, repudiamos a política genocida contra o povo Yanomami e contra todos os povos indígenas. Exigimos a apuração, julgamento e punição rigorosa de Bolsonaro, Damares, Tereza Cristina (Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil), bem como do comando das Forças Armadas do Brasil, por este crime contra a humanidade. É imprescindível que cada responsável pela perda de vidas tão valiosas seja julgado no país e pelo tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU). 

 

Vidas indígenas importam! Chega de genocídio.

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