ADUFPA e ANDES-SN regional reúnem com reitoria para obter informações sobre as condições sanitárias do retorno presencial na UFPA

ADUFPA e ANDES-SN regional reúnem com reitoria para obter informações sobre as condições sanitárias do retorno presencial na UFPA

Adriane Lima e José Carneiro, diretores da ADUFPA, e Joselene Mota, representante do Andes-SN regional norte, reuniram no final da manhã desta quinta-feira, 20, com Emmanuel Tourinho, reitor da UFPA, para tratar das condições sanitárias referentes ao retorno presencial. A decisão pelo retorno foi tomada no último dia 14 de dezembro, em reuniões dos Conselhos Superiores de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e de Administração (Consad) da UFPA. Apenas atividades iniciadas nos períodos letivos de 2021 com o formato híbrido ou remoto poderão ser concluídas no formato inicial.


As entidades sindicais estão preocupadas com a chamada terceira onda e o aumento significativo de casos tanto no estado quanto em todo país. Deste modo, há certa dúvida da comunidade acadêmica quanto a política de biossegurança que será adotada pela instituição no sentido da preservação da vida em primeiro lugar.

 

“Na Educação Física alunos têm adoecido e há questionamentos quanto a manutenção ou não das aulas práticas presenciais. O aumento de casos já fez alguns institutos voltarem atrás, exemplo disso foi o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA). Além disso, é crescente o número do adoecimento docente e da evasão acadêmica. A política de financiamento da educação pública ‘está na UTI’. Precisamos de informações oficiais sobre os investimentos, orçamento, política de assistência estudantil, enfim, sobre quais condições reais teremos em 2022 para a retomada do ensino presencial”, questionou Joselene.

 

Segundo o reitor, a situação hoje é realmente muito complicada, somados todos os desafios colocados para a universidade. “Em meados de dezembro decidimos sobre o retorno. E ontem (quarta-feira, 19) reunimos o Grupo de Trabalho (GT) da UFPA sobre o novo Coronavírus. Caminhamos com a necessidade de ponderar dois grandes conjuntos de questões. De um lado, não podemos expor a comunidade ao risco. Por outro lado, a universidade não pode ficar paralisada. Nossos alunos dependem desse funcionamento. Com a pandemia a taxa de sucesso das universidades do país inteiro caiu, e nem conseguimos ter uma dimensão exata disso. Vamos higienizar de um modo mais intenso os espaços da UFPA, garantir o uso de álcool em gel; também verificamos os espaços para que todos tenham ventilação (janela ou exaustor) e vamos reforçar o abastecimento do sabão nos banheiros”, afirmou Emmanuel.

 

A reitoria informou que o GT tem acompanhado os dados disponíveis e que hoje a evolução da pandemia coloca a crise da questão na saúde básica, pois a vacinação modificou a evolução dos quadros, deste modo tem se verificado que um menor número de pessoas tem ocupado UTI e ido à óbito. “Isso não significa que não devemos nos atentar às medidas de segurança ou deixar de nos preocupar, mas nos indica que temos melhores condições de retorno. No entendimento do GT, até o momento ainda não existe razão forte para o retorno presencial ser interrompido, pois o número alto de casos ainda não significa um quadro de saturação de UTI e grande número de mortes. Não temos condições de realizar testagem ou de distribuir máscaras, pois não há recursos ou política federal que dê retaguarda para isso” explicou o reitor.

 

De acordo com Emmanuel, foi cogitada a distribuição de máscaras, porém, o levantamento indicou que o gasto seria na ordem de milhões, orçamento que não existe disponível. “Em alguns ambientes, como HUs e laboratórios, a compra de máscara será necessária. Vamos lidar com demandas específicas relacionadas aos alunos de baixa renda, por exemplo, por meio da assistência estudantil”, disse.

 

Indagado sobre como ficará a questão dos docentes com comorbidades, o reitor disse que o fato da comorbidade em si não desobriga do trabalho presencial, a orientação nesse caso será que se houver sintomas, com ou sem teste, indica-se o afastamento por 7 a 10 dias. Do mesmo modo, a orientação para os alunos também é de afastamento das atividades presenciais em caso de suspeita de contaminação pelo vírus.

 

Para a diretoria da ADUFPA, existe uma responsabilidade coletiva, porém a Administração deve cumprir com as demandas de biossegurança. “Entendemos que é uma responsabilidade coletiva, porém a universidade necessita se comprometer sobre esse chamamento ao retorno presencial. Havia uma preocupação desse conflito aluno/professor sobre a cobrança do passaporte. Atrelar a entrega do comprovante na matrícula nos aliviou, porém é fundamental que o GT esteja atento e comprometido em primeiro lugar com a vida da comunidade”, ponderou a diretora adjunta, Adriane Lima.

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