I Seminário da Educação Básica, Técnica e Tecnológica, aconteceu nesta quinta-feira (23), no auditório da Escola de Aplicação (EA-UFPA)

I Seminário da Educação Básica, Técnica e Tecnológica, aconteceu nesta quinta-feira (23), no auditório da Escola de Aplicação (EA-UFPA)

ADUFPA realizou nesta quinta-feira (23), o I Seminário da Educação Básica, Técnica e Tecnológica, no auditório da Escola de Aplicação (EA-UFPA), reunindo docentes, estudantes e ativistas dos movimentos sociais. A mesa de abertura teve a presença de Edivania Alves, diretora geral ADUFPA, Jennifer Webb, professora da EA-UFPA e diretora do ANDES-SN; Raimundo Leão, coordenador das séries finais do ensino fundamental da EA-UFPA, que foi representar o professor Edilson dos Passos Neri Jr., diretor da EA-UFPA; e Iara Souza, diretora da Escola de Teatro e Dança (ETDUFPA). 

 

“Foi a representação da ADUFPA, na gestão de 2016, que levou para o ANDES-SN a ideia de realizar um espaço de discussão sobre a carreira EBTT, pois somos tão professores quanto qualquer professor da universidade e por isso defendemos a valorização da nossa carreira e a qualidade do ensino básico, técnico e tecnológico” disse Jennifer Webb.

 

A manhã encerrou com o debate sobre a “Função Social da Escola no século XXI: desafios e perspectivas para a formação humana”, tendo como palestrante a professora Joselene Mota, professora do Instituto de Educação (ICED) e diretora regional norte II do ANDES-SN.

“Falar sobre a função social da escola, no I Seminário EBTT da ADUFPA, primeiramente foi uma honra, exatamente pelo histórico, já que a maioria de nós professores das universidades públicas que atuam na formação de professores, teve uma história ligada à escola, à vivência na escola, em tempos diferentes. Então, em pleno século XXI, com um processo acelerado de mercantilização da Educação, era necessário que a gente pudesse retomar desde os primórdios, desde as primeiras manifestações de instrução da população, sobretudo, da população que compunha a camada popular, entender qual foi a intencionalidade que a classe dominante teve para manter seu domínio, seus interesses imediatistas e históricos em cima do papel da instrução escolar, ou seja, do função social da escola. E ao discutir essa função, também discutimos o papel do professor e o papel do aluno. E a gente percebe que a essência dessa função social está muito ligada ao processo ideológico do capital”, explicou Joselene Mota.  

Lançamento de livro, brincadeira e música estiveram presentes no I Seminário

 

A professora Maridete Daibes, da  EA-UFPA, presenteou o evento com uma brincadeira de seus alunos do 3º ano, que chegaram sorridentes em sua rápida passagem, trazendo alegria ao espaço. Além disso, houve o lançamento de dois livros de docentes, da própria professora Maridete Daibes, que apresentou sua obra “Teatro Infantil: a minha sala de aula é uma sala de brincar” e do professor Cleodir da Conceição, com a obra “História, Sociedade e Música Popular no Pará”, organizado em parceria com Andrey Faro de Lima. Já o professor Flavius Cunha, da Faculdade de Educação Física (ICED), apresentou-se em formato voz e violão, entoando clássicos da música brasileira encerrando a programação matinal. 

 

Discussão sobre o novo ensino médio e racismo

Clarissa Rodrigues, professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), ministrou a palestra “Novo Ensino Médio: é possível reformar a reforma?”, problematizando vários aspectos negativos desta reforma que aumentará o abismo no acesso e qualidade do ensino no país, afetando profundamente o processo de ensino-aprendizagem, prejudicando majoritariamente os estudantes periféricos e de baixa renda, que são em sua maioria negras/os. 

“Sem financiamento público é impossível pensar em qualidade para educação dos nossos jovens. Se eles precisam trabalhar para conseguir estudar, eles não vão estudar. O que o capitalismo faz com a gente é exigir o imediatismo, o senso comum, não a educação ou a busca pelo conhecimento” pontuou Clarissa Rodrigues.

 

Encerrando o Seminário, Rosineide Freitas, professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), explanou sobre os “20 anos da lei 10.639/03 e o enfrentamento ao racismo na Educação Básica”, falando sobre quais os desafios e a eficácia da inclusão da “História e Cultura Afro-Brasileira” nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O momento, para além da discussão sobre a lei e sobre o racismo existente no âmbito da educação básica, técnica e tecnológica, foi de acolhimento e socialização de relatos sobre como o racismo estrutural se faz presente no cotidiano nos ambientes acadêmico e escolar.

 

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