#29M: Classe trabalhadora, movimentos sociais e população ocupam as ruas numa só voz pelo Fora Bolsonaro

#29M: Classe trabalhadora, movimentos sociais e população ocupam as ruas numa só voz pelo Fora Bolsonaro

Milhares de pessoas em todo o país saíram às ruas neste sábado, 29, para dar um basta na política de morte de Jair Bolsonaro. Em Belém, o #29M reuniu movimentos sociais e entidades sindicais de várias categorias em uma Marcha-Carreata, todos entoando uma só voz por vacina no braço, comida no prato, em defesa da vida, da educação, da saúde e do serviço público. A Associação de Docentes da UFPA Seção Sindical do ANDES-SN (AdufpaSsind.) se somou à luta, denunciando os ataques contra as universidades públicas, os cortes orçamentários e o PL5595, manobra do governo genocida para transformar o direito à educação em um serviço essencial. As mobilizações ocorreram na capital e nos municípios de Castanhal, Cametá e Altamira.

 

“Somos todos Leusa Munduruku, Somos todos Wakoborun”. Foi com esta mensagem que a AdufpaSSind. reafirmou no #29M o apoio da categoria docente à proteção dos povos tradicionais, destacando a resistência das mulheres indígenas de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, contra a mineração ilegal e as ameaças de morte. “Nós da Adufpa, seção sindical do Andes SN, estamos hoje nas ruas, por nossa categoria, para dizer em alto e bom tom Fora Bolsonaro e, sobretudo, para exigir proteção dos povos originários e a proteção da Amazônia. Não podemos assistir quietos a invasão das terras Munduruku e Tembé”, enfatizou a diretora geral da AdufpaSSind. Edivania Alves.

 

 

A AdfupaSSind também mostrou nas ruas a indignação da categoria contra os cortes de verbas, em especial, da Educação. Nas universidades públicas, os impactos são acima de R$1 bilhão de reais, o que na UFPA representa R$30,3 milhões. O movimento estudantil da federal do Pará levantou junto aos docentes, a bandeira em defesa da universidade pública. “Nós estamos aqui para defender a UFPA, para mostrar a resistência do movimento estudantil e sindical e acima de tudo, o enfrentamento aos ataques do governo genocida”, disse o representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFPA), Tel Guajajara.

 

Tais Raineire, do Sinditifes, destacou que os movimentos sociais, populares, sindicatos, a classe trabalhadora e a juventude precisam protestar contra um governo que é responsável por milhares de mortes durante a pandemia e não garante a sobrevivência da população. “É por vacina, pão, Saúde e Educação. São mais de 450 mil vidas brasileiras perdidas. É contra um governo que não garante vacinas, que não garante auxilio emergencial”, pontuou.

 

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado Pará, puxou a carreata, que saiu do Porto Futuro e se juntou ao movimento na Praça da República. Beto Andrade, presidente do Sintepp, destacou os índices de miséria que o governo Bolsonaro empurrou a população. “Hoje o país volta para o mapa da miséria, onde a educação é destruída, onde é negada a ciência, onde é negado o direito do povo de viver. Nós temos que denunciar a corrupção desse governo, denunciar o desmatamento e a destruição dos povos indígenas. Estamos aqui para derrubar esse governo genocida”, destacou.

 

O #29M retomou a ação nas ruas, mobilizando centenas de ativistas na Marcha-Carreata, mas a população também se uniu aos movimentos sociais e a classe trabalhadora, alguns silenciosos nas portas das casas e nas janelas dos prédios, outros com gestos de apoio e muitos entoando palavras de ordem. Assim como a Colômbia, que promoveu o levante popular, o Brasil foi às ruas em meio a uma pandemia, porque o governo é mais perigoso que o vírus. A grande apoteose do #29M ocorreu no Mercado de São Brás, palco de luta das entidades sindicais, oportunidade na qual várias lideranças reafirmaram o Fora Bolsonaro e Mourão, por vacina no braço, comida no prato, Saúde e Educação.

 

 

 

 

 

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