Adufpa SSind. denuncia novos ataques de hackers em atividades acadêmicas

Adufpa SSind. denuncia novos ataques de hackers em atividades acadêmicas

Para dar sequência ao calendário acadêmico, a UFPA segue com o ensino remoto, ofertando aulas, atividades e eventos on-line, prática que vem sendo alvo de hackers desde que foi implantada. Os ataques virtuais, em sua maioria promovidos por grupos de extrema direita, tem como único objetivo disseminar discursos de ódio e agressões misóginas, homofóbicas, racistas, desqualificadoras e de cunho político e ideológico.

 

No dia 27 de maio, mais um evento da UFPA foi invadido. A reunião, promovida pelo Instituto de Agriculturas Amazônicas (INEAF), tinha como abordagem um tema referente as estratégias de reprodução social de mulheres agricultoras no sudeste do Pará. Em determinado momento da programação, o evento foi invadido. “As manifestações ocorreram via áudio e texto no chat. Tentamos retirar os invasores da sala, mas eles lançaram uma espécie de código que os colocava de volta automaticamente”, detalha professora Dra. Monique Medeiros, do INEAF.

 

No mês de março, a Adufpa SSind. já havia denunciado a ação de hackers em programações da UFPA, relacionando diversos episódios. Na ocasião, pelo menos, cinco eventos acadêmicos foram encerrados por conta de invasores que se identificavam como bolsonaristas, milicianos e negacionistas. A Assembleia Geral da Adufpa também já foi invadida por hackers. Xingaram os presentes e postaram de imagens agressivas. Sob a orientação da diretoria, a sala foi fechada e uma nova foi criada, com os (as) docentes podendo participar com tranquilidade.

 

A Adufpa reforça o seu compromisso em defender a Universidade Pública contra qualquer repressão, principalmente aos debates que trazem à tona o racismo, o sexismo, a lgbtfobia, os conflitos agrários e a violência contra os povos originários da Amazônia.

 

Segurança – Na tentativa de minimizar estes acontecimentos e garantir a manutenção e segurança das atividades virtuais, o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC/UFPA) fornece algumas orientações para tentar reforçar as investidas criminosas desses grupos. Nas configurações das principais plataformas são disponibilizadas ferramentas com a opção de desativar o microfone de todos os integrantes da sala virtual, a adição de pessoas somente por meio de autorização do organizador do evento e impedimento da reentrada dos invasores.

 

Os organizadores também devem estar atentos ao controle de entrada e verificação das inscrições das pessoas que solicitarem participação em eventos, além de acionar as opções de desativar chat e compartilhamento de tela. É muito importante jamais divulgar em redes sociais o link de acesso, que deve ser fornecido somente à pessoas inscritas ou a grupos direcionados de interessados.

 

Em casos de eventos abertos ao público, os organizadores optem por transmitir as discussões e os debates em plataformas de streaming, como YouTube e Twitch, ou nas redes sociais, como Facebook e Instagram, de modo a limitar o acesso à sala virtual somente a palestrantes ou a convidados.

 

Nos eventos organizados por meio de e-mails institucionais, o CTIC pode rastrear mais facilmente o usuário considerado uma ameaça à segurança da atividade on-line. De acordo com a assessora jurídica da Adufpa, a partir da investigação sobre as origens dos ataques, é possível identificar e responsabilizar os envolvidos. Caso seja comprovada a participação de algum membro da comunidade acadêmica, além do processo civil, o responsável pode responder processo administrativo, com penalidades que variam da advertência à expulsão, seja aluno, docente ou técnico.

 

*com informações Ascom UFPA

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