Assembleia Geral da ADUFPA decide pela desfiliação do ANDES-SN à CSP-Conlutas, posição será levada ao 41° congresso do Andes-SN

Assembleia Geral da ADUFPA decide pela desfiliação do ANDES-SN à CSP-Conlutas, posição será levada ao 41° congresso do Andes-SN

Reunidos em Assembleia Geral da ADUFPA na manhã desta sexta-feira, 16, professoras e professores votaram pela desfiliação do ANDES-SN à CSP-Conlutas, com 13 votos pela permanência, 19 votos pela saída e 5 abstenções. Neste momento da votação do primeiro ponto de pauta da AG, 36 filiados participavam da reunião híbrida. O resultado da votação indica a posição que será defendida pelos delegados da ADUFPA durante o 41° congresso Andes-SN.

 

Os docentes/as filiados/as votaram após intenso debate, que privilegiou todas as posições políticas do plenário, garantindo assim total democracia no processo. Essa foi a segunda rodada de discussões realizada pela ADUFPA para discutir com a base da UFPA sobre o tema desfiliação do ANDES-SN à CSP-Conlutas. No dia 30 de novembro foi realizada a primeira rodada de debates, também em plenária híbrida. O tema da desfiliação tem sido abordado nos fóruns do sindicato nacional há dois anos, tendo sido debatido e deliberado no último CONAD, realizado em novembro deste ano. 

 

41° congresso Andes-SN

 

O 41º Congresso do Sindicato Nacional acontecerá de 6 a 10 de fevereiro de 2023, na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco (AC), sob a organização da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac Seção Sindical). Instância máxima de deliberação da categoria docente, o encontro terá como tema central “Em defesa da educação pública e pela garantia de todos os direitos da classe trabalhadora”. 

Também na AG desta manhã, foram eleitos delegados/as e observadores/as que representarão a ADUFPA no congresso. Edivania Alves, diretora geral da entidade, foi indicada pela diretoria e referendada pelos participantes como delegada ao congresso, além dela, foram eleitos delegados/as: Márcio Wagner Batista dos Santos; Telma Socorro Silva Sobrinho, Walessa Luzia M. dos Reis; Liliam Simone Amorim Brito, Gilberto Alves Araújo; Edna da Conceição Lima Campos; Ari de Souza Loureiro, Adriana Costa Rodrigues e Simone Negrão de Freitas. Os suplentes eleitos foram: Patrícia do Nascimento da Costa; Bárbara Lore da Costa Veloso Dias; José Queiroz Carneiro; Maria da Conceição Rosa Cabral; Adriane Raquel Santana de Lima; Ailton Lima Miranda; Giovane da Silva Mota e Otávio Luiz Pinheiro Aranha.

 

Foi aprovado, ainda, que a ADUFPA enviará Edivania Santos Alves; Adriane Raquel Santana de Lima; Gilberto Alves Araújo; Ailton Lima Miranda e Márcio Wagner Batista dos Santos para participar da caravana do Andes-SN à Brasília, em defesa da democracia e das universidades públicas, durante o ato de posse do presidente Lula (PT), em 01 de janeiro de 2023. 

Maren Mantovani, Relações Públicas da Campanha contra o muro do apartheid, esteve na AG

 

No ponto de informes, Maren Mantovani, Relações Públicas da Campanha contra o muro do apartheid, fez um relato sobre o apartheid israelense. A palavra apartheid está relacionada à segregação racial na África do Sul que perdurou por cinco décadas, defendida por uma minoria branca privilegiada. Os mesmos ideais supremacistas ressurgiram anos depois em Israel, obrigando milhares de palestinos a abandonarem suas terras e suas casas. O tema também foi debatido nesta última quinta, 15, na Casa do Professor da ADUFPA, reunindo representantes de movimentos sociais, docentes e poder público, com a presença da ativista italiana. 

O povo palestino vive em constante clima de medo, insegurança, restrições à liberdade, negação de direitos e violência extrema. Entre 2000 e 2017 mil palestinos foram mortos pelas forças israelitas. Entre as vítimas, 1.793 eram crianças. Desde o início das invasões, 2022 é considerado um dos anos mais letais, com registro de dois a três assassinatos diários de palestinos. “O apartheid praticado por Israel é uma luta global contra o racismo e o colonialismo. Fazemos o chamado ao Brasil, um país que apoia os povos indígenas e negros, que se junte a esse movimento de luta em defesa da Palestina”, enfatizou Maren. Os docentes aprovaram a utilização do símbolo gráfico denominado “Espaço livre de apartheid” em seus materiais políticos e de agitação, em solidariedade à causa palestina, e também reafirmaram a posição de enfrentamento contra toda forma de segregação racista e colonial.

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