
ADUFPA participa de Seminários na região da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, organizado por ANDES-SN, Sesunila SSind. e Adunioeste SSind.
De 6 a 9 de dezembro, aconteceu de forma intercalada, o II Seminário Internacional Educação Superior na América Latina e Caribe e Organização dos/as Trabalhadores/as, I Seminário Multicampia e Fronteira e o I Festival de Arte e Cultura: Sem fronteiras, a arte respira lucha (arte respira luta. Luta respira arte), na Universidade Federal da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu (PR), na região da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. A organização do evento envolveu membros da diretoria do ANDES-SN, da Sesunila SSind e também da Adunioeste SSind. Dentro da programação, foi realizado ainda, um ato em defesa da Educação Pública e pela integração Latino-americana, na Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai.
Ao todo, cerca de 150 docentes de seções sindicais de todo o país, mais de 35 convidadas(os) debatedores(as) e mais de 50 artistas envolvidas(os) nas expressões individuais e coletivas foram recebidos no campus Jardim Universitário, que tem em sua entrada um mural em homenagem à Marielle Franco.
Representando a diretoria da ADUFPA, participaram dos eventos: Edivania Alves, Adriane Santana, Lilian Brito, Dalva Santos, Simone Negrão, Elen Carvalho e Nadia Fialho. Representando a base da UFPA estiveram: Walessa Luzia (EAUFPA), Gilberto Araújo (Altamira), Antônio Duarte (Castanhal), Marcos André (ILC) e Márcio Wagner (ITEC). Além disso, a Jornalista da ADUFPA, Multiartista amazônica e Mestra em Ciências Sociais (PPGCS-UFPA), da periferia de Belém, Priscila Duque, vocalista e performer do Carimbó Cobra Venenosa foi convidada pelo Sindicato Nacional a compor a “Mesa 1 – O papel da arte e da cultura na resistência de nossos povos da América Latina”, na sexta (09), bem como participou das apresentações artísticas. Infelizmente, a professora Rosimê Meguins (ICED/aposentada), que estava na composição das representações da ADUFPA, perdeu o voo e não participou dos seminários.
As atividades de formação, debate e apresentações artísticas aqui na fronteira permitiram lançar luz não apenas à nossa realidade, mas também para as contradições e também para as potências dos territórios de fronteira, apontando o olhar em múltiplas perspectivas: docência e as condições de trabalho da categoria na América Latina, os desafios da multicampia e das universidades de fronteiras e, ainda, o papel da arte e da cultura como amplificadoras das pautas da classe trabalhadora.
As e os palestrantes trouxeram as experiências de seus países com a luta em defesa da Universidade Pública e a organização sindical. Abordaram as semelhanças dos desafios enfrentados por docentes na América Latina, evidenciando que o desmonte da Educação Pública é um projeto internacional do Capital, por tanto, foi destacada a importância de assumir a tarefa de defender o caráter público, autônomo e democrático das universidades, para que estas deixem de ser instrumento de elitização da ciência e da cultura, e tenha seu centro na democratização do conhecimento.
Debate sobre arte e cultura e atividades musicais encerram evento do ANDES-SN na Unila
A importância da arte e da cultura como instrumentos de resistência dos povos da América Latina e Caribe e também como ferramenta de luta foram temas do último debate. O dia também teve diversas apresentações musicais e foi encerrado com show de Letícia Sabatella e a caravana Tonteria.
Iniciando os trabalhos de sexta (9), houve a abertura do Festival Cultural (Fecult) da Unila, que coincidiu com a realização do I Festival de Arte e Cultura do ANDES-SN, com apresentações musicais. Na sequência, a mesa “O papel da arte e da cultura na resistência de nossos povos da América Latina”, com Priscila Rezende, artista visual e performer de Belo Horizonte (MG), Félix Eid, professor de música da Unila e Priscila Duque, artista do carimbó de Belém do Pará (PA).
As falas trouxeram diferentes referências de expressões artísticas e como elas contribuem para denunciar violências e expressar diferentes pautas, resgatar e divulgar saberes e tradições de diferentes povos. Também abordaram os diversos tempos do fazer artístico e as incompatibilidades com o tempo ocidental imposto pelo capitalismo, muitas vezes acelerado, inclusive nas produção de conhecimento dentro das universidades.
Durante toda a sexta-feira (9), ocorreram atividades culturais do Fecult da Unila e, no final do dia, a apresentação dos maracatus Baque Mulher e Alvorada Nova conduziram, num cortejo pelos corredores da universidade, os e as participantes de volta ao auditório onde aconteceu o show de encerramento do evento com Letícia Sabatella e a Caravana Tonteria.