Semana da Mulher ADUFPA

Semana da Mulher ADUFPA

A partir da próxima segunda (06), a ADUFPA estará com programação especial da Semana da Mulher, com produção de conteúdos sobre as pautas da luta por igualdade de gênero e justiça social/econômica e política às mulheres – inclusive, você associada que ainda não nos enviou sua foto ou vídeo com uma mensagem de luta, e nos contando um pouco da sua trajetória, ainda pode enviar nos chats de nossas redes sociais (Instagram e Facebook), Whatsapp da Comunicação ADUFPA (0981 98883-0338) ou pelo email: adufpaimprensa@gmail.com.

 

Além disso, como ocorre todos os anos, a Frente Feminista do Pará realizará em Belém, ato público unificado alusivo ao 8 de Março, tendo como ponto de encontro o Largo do Redondo (bairro de Nazaré), com concentração a partir das 8h. A ADUFPA participará do protesto do Dia Internacional de Luta das Mulheres e convida todas/os suas/os associadas/os a participar dessa manifestação, que percorrerá as ruas da cidade do Largo do Redondo até a Assembleia Legislativa do Estado (ALEPA), onde será entregue documento elaborado pela frente feminista com as pautas e reinvindicações do movimento.

 

Na quinta-feira (09), a ADUFPA realiza exibição dos curtas “O Ato”, de Diego Esteves e Maga Magalhães, e “Ela Mora Logo Ali”, de Fabiano Barros e Rafael Rogante, em sessão especial temática do Cine Resistência, a partir das 17h, na Casa do Professor/a, na rua dos Caripunas, 3459, no bairro da Cremação. Após a exibição das obras audiovisuais haverá roda de conversa e um coquetel especial para celebrar a resistência das mulheres na Educação, no sindicalismo, em casa, nos diversos ambientes em que cada mulher enfrenta desigualdades e segue erguida na luta por isonomia de direitos, contra todas as formas de violência e opressão de gênero.

 

Esse ano escolhemos Antonieta de Barros (1901-1952) para homenagear na criação das camisas e marcadores de livro que serão entregues como brindes às associadas/os durante a programação da Semana da Mulher ADUFPA. Todxs sabem que nacionalmente o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro. O que a maioria não sabe é que este feriado escolar foi criado em Santa Catarina (SC) pela Lei nº 145, em 12 de outubro de 1948, por Antonieta de Barros (1901-1952), a primeira deputada mulher de Santa Catarina e primeira mulher negra eleita deputada no Brasil (1934), três anos após a aprovação do sufrágio que permitiu a participação política das mulheres. Somente vinte anos depois, em outubro de 1963, o então presidente João Goulart tornou nacional a lei do Dia do Professor.

 

 

Antonieta nasceu em 11 de junho de 1901, em Florianópolis, pouco tempo antes do pai falecer. Seus pais foram vítimas do período escravocrata brasileiro, e a mãe viúva, Catarina Waltrick, já tendo conquistado a liberdade, assumiu o desafio de cuidar de Antonieta e dos irmãos com o ofício de lavadeira. “Toda ação precisa de um instrumento. O instrumento básico da vida é a instrução. Se educar é aprender a viver, é aprender a pensar. E nessa vida, não se enganem, só vive plenamente, o ser que pensa. Os outros se movem, tão somente. (…) Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes; é mostrar as veredas, apontar as escaladas, possibilitando avançar sem muletas e sem tropeços…”, frisou em um dos discursos feitos no Congresso.

 

Sobrevivemos a um desgoverno que odiava mulheres, principalmente as negras, e isso deve ser razão para comemorar! No entanto, sabemos que literalmente todos os minutos e dias, mulheres são violentadas, seja física ou psicologicamente. Os dados do feminicídio aumentaram de forma alarmante nos últimos anos e ainda somos as que ganham menos e estão nos piores postos de trabalho.

 

Então, que cada mulher celebre sua força e a luta coletiva, mas jamais nos esqueçamos que ainda há muito a lutar para que de fato exista igualdade entre homens e mulheres.

 

 

 

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